ENQUANTO PUDER

Orestes sempre olhou o passado tendo em mente uma frase que lera num romance: “dizer adeus é morrer um pouco”. Ria com amargura das pessoas que ficaram por lá. Quando começara a rir de si e encarar o ocaso, surgiu-lhe uma risonha Evelise, disposta a ignorar suas idiossincrasias e a diferença de idades. Orestes então deixou de cortejar a morte e abraçou o acaso da vida.

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 05/08/2014
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