Tocaia

sentado na cadeira da varanda, pernas varicosas e finas cruzadas juntas as mãos duras por sobre a bengala, música de grilo, bálsamo de brisa noturna . Por horas de sossego e silêncio nada saia do lugar: muro, casas, árvores, postes e luar. Rompeu com a paz através de um grande susto: o que parecia ser um folhoso arbusto se levantou, criou um rabo, patas e com olhos amarelos o enxerga da escuridão: maldito gato preto.

Recompondo o fôlego, balança a cabeça e faz careta: esse mundo esta cada vez mais perigoso . sempre tem alguém te vigiando