O Velho e o Rapaz.
Um velho sentado em um banco, lia seu livro enquanto pessoas passavam, cachorros latiam, crianças corriam, e o sol brilhava.
As horas passavam, o som da cidade era ensurdecedor, mas o velho, não se atentava em mais nada, a não ser as linhas de seu livro.
Palavras que rasgavam a dimensão do papel, e extraiam de seus olhos um brilho incomum, mas muito belo.
Um rapaz sentou ao seu lado, e não entendia o motivo de tanta concetração, olhava a agitação ao redor, e a paz do velho, tudo contraditório, contrastante, ele ficara pensante, e até que perguntou:
_Como o senhor consegue se concentrar na leitura, com tantos sons e movimentos ao seu redor?
O velho calmamente vira-se para o rapaz, com um olhar cheio de brilho, e um sorriso leve diz:
_Quando estamos lendo, deixamos de ser personagem de nosso corpo, para sermos personagens dessa história, lá não ouvimos os sons daqui de fora, e lá dentro, não sou velho, não tenho medos, vejo esperança e novas possibilidades, e dentro dele sou forte, sou persistente e eterno.
O rapaz então sorri ao velho, abre sua mochila que esta as suas costas, e reitra um livro, e começa a ler, o velho com um ar de felicidade, dá mais um timido sorriso, e volta a ler seu livro.