Quaresmeira.

Sentada no banco de madeira antigo,carunchado,cheio de marcas pelos tombos, tempo de vida ,como ela,observa calmamente os morros altos a perder de vista cercando a sua frente.

Esquadrinha cada metro quadrado deles com olhos da imaginação...

Quantos séculos de vida passaram paradas ali naquelas matas que trocavam vestimentas a cada clima entre as estações...

Quantas vidas já vieram e se foram,viram a cidade crescer ao seu redor e quantas vezes viram partir e voltar, nesse mesmo lugar.

A paisagem hoje parecia diferente,diferentes de todos os outros anos em que as quaresmeiras coloriam suas copas com flores variando do rosa aos roxos iluminados, próximo a Pascoa...

Ela partiria e não mais veria o morro todo colorido que por aquelas horas do dia, com o topo coberto de nuvens brancas, parecia uma noiva,vestida de rosa arroxeada indo de encontro ao seu amado...destino.

xodózinha
Enviado por xodózinha em 14/04/2014
Reeditado em 14/04/2014
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