DIGA SIM ÀS BARATAS
Foram milésimos de segundos que salvaram sua vida, uma baratinha tonta que quase foi esmagada por um ser humano estressado da vida. Quando a sobrinha viu o tio levantar o pé e se atrever, gritou:
-Não! Não a mate!
-Por que não Madalena?
-Tio, o senhor não sabe que as baratas são super inteligentes, pois conseguem se esquivar rapidamente e fugir!?
-Elas são nojentas, trazem muitas doenças e eu sei que não vou me arrepender se matá-la!
-Tio não mate ela! Estou estudando sobre as baratas...
-E?
-Bom, elas são nojentas? São, isso é verdade. Trazem doenças? Isso também! Mas pense bem, uma baratinha, coitada, cheia de filhos para alimentar, como ela se arrisca em busca de sustento e como luta para sobreviver e chegar em casa são e salva!
-E?
-Imagina se as baratinhas, coitadinhas, esperando o pai voltar e saber que um humano mal-humorado foi capaz de esmagá-lo cruelmente!
-E...e?
-E imagine se o senhor fosse uma barata! Não ia fazer o mesmo?
-Bom, talvez...
-E se viesse alguém e tentasse lhe acertar com o jornal?
-Bem...
-E se viesse alguém e lhe pisasse!?
-Pensando assim, acho que não seria nada agradável.
-Não é!? Sabe, as baratas podem não ser tão agradáveis a este ambiente, mas assim como nós, elas também sentem dor, lutam, se arriscam... porque não querem ser mortas!
Depois das palavras emocionantes da sobrinha, o tio foi comovido e mudou totalmente de opinião.
-Você tem razão Madalena! Não posso matar uma pobrezinha, uma infeliz, uma desgraçada e nojenta e asquerosa de uma barata só porque é feia e poluída! As baratas também são humanas! E merecem viver!
-É assim que se fala tio!
-E quer saber? Vou me levantar daqui e ir estudar mais sobre elas! Tchau, até...
Crash!!!
-Ouu.