A arte da uromancia
Sério, sisudo de todo o siso do mundo. O mundo das almas de borracha. Olhar sombrio de carrasco aposentado . Assim foi o meu pai. Olhos que não viam, incandesciam.
Encostado á árvore, leio o destino no rastro de minha urina. Meu I Ching natural.
Líquido e morno examino sua pequena foto. (É, levo-o prisioneiro, na carteira).
Uma sina escura e tortuosa forma-se ao pé da árvore. Num dia inerte, um olhar ao céu.Entediado tal cachorrinho de madame .Atrelado ao séquito de sua dona . Flanando pelas ruas de norte a sul . No domingo sem esperanças, entre árvores antigas.
Ei-las, as velhas senhoras. Melancólicas, trôpegas de tédio. Nas suas vidas vazias, a minha vida.