Chegou?
Chegou.
Sapecou-lhe um beijo torto no rosto e correu para o computador.
Ela havia preparado uma ceia gostosa para os dois. A garrafa de vinho branco aguardava dentro do balde com gelo. A comida fumegava sobre a mesa arrumada com a toalha de renda.
Ela o olhou, com olhos ternos, mas cheios de água.
Chegou-se bem pertinho, murmurou um “boa-noite”em seu ouvido e foi para a cama sozinha. Segredou ao seu travesseiro sua mágoa, à sua camisola, a paixão. Cobriu-se com o manto da desilusão e adormeceu ao clarão da lua.