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MIRA-BOLANDO
 
Ansioso, andava de um lado pro outro na calçada, quando viu a pontinha branca pendendo da caixa de correio. Conferiu o deserto da rua e puxou o papel:
— Dona Eumérides! Que danada! Quem diria que essa vizinha velhota e solitária, com cara de coitada, tem tanto dinheiro no banco?
Assoviando, ligou para ZeCão: em breve, muito breve, já poderia saldar a dívida de drogas que tinha com ele.



(não há  no mundo quem se chame Eumérides, mas amei inventá-la rs)