FINALZINHO DE TARDE
Neste finalzinho de tarde, tomando meu chimarrão, me bateu uma saudade, que apertou meu coração. Uma lágrima caiu. Não sei se pela saudade, ou pela água quente demais.
Senti uma dor no peito cada vez doendo mais. Já ia desfalecer, quando uma voz eu ouvi. Era a minha esposa dizendo: acorda seu preguiçoso. Isso já não é mais soneca. Vai trabalhar que é melhor. Assim mesmo ela me deu um abraço carinhoso.
Apesar de aposentado, fiquei muito envergonhado. E falei comigo mesmo: nunca mais tiro soneca. Só se for para sonhar com os números da loteca.
E seu eu jogar e acertar... Aí ela vai gostar.