PEQUENO TERROR
Arrependeu-se tarde. A caverna escura o tragou. quando equilibrou-se foi bafejado por uma voz atordoadora, com tons de quem já não transmitia qualquer esperança. "Não possuo alma", disse a voz, sem emoção aparente. Firmou sua audição, mas nada localizou. Teve o rosto cravado pelo que pareceram unhas pontiagudas daquela voz. Mesmo alucinado pela dor das perfurações, indagou: "e o que te mantém?" Os olhos que lhe foram sugados como ostras devoradas por um faminto talvez fosse uma resposta.