Miserável

Sentia-se como um pequeno cão atropelado, apodrecendo ao lado da estrada, miseravelmente só e fétido, como chaga purulenta em um belo dia de sol... Beijado pelas varejeiras que absorviam pedacinhos de sua podridão, comendo o pouco que dele restava, adejado por borboletas, que apesar de belas e doces, também se alimentavam de sua pestilência. Por fim, levado pelas formigas obreiras que o esquartejavam e tentavam fazer de seus pedaços motivos de sua sobrevivência.