A ESCOLHA

Foi traída.

Recolhida à solidão, redimensionava a vida; quis supor que, com o pender dos sentimentos à próxima paixão, finalmente, tocaria a face da real felicidade. Mas, suportaria semelhante revés ante fortuito enleio, quando, ao acaso, a força da atração de novo alguém se enfraquecesse? Temia, então, que insistências seriam inglórias e se veria fadada a esquecer ventura que de antemão assumia finda.

Agora, ao capricho do destino, haveria de se lançar no limbo da sorte, ou fazer alto à obscuras especulações e arriscar a menos vaga das chances com a aquiescência do perdão ao ex-amado?

Reconciliou-se.

Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 25/05/2013
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