O RETRATO
Não sei quem o colocou ali. O fato é que me dava arrepios. Na casa velha, já ninguém sabia o que era o quê, a quem pertencia, e desde quando. Tudo parecia eternizado. Não se trocava nada de lugar. E ele era o que mais me incomodava. Ficava me seguindo quando eu passava. Às vezes, até sentia seu hálito asqueroso. Bobagem, é claro.
A sensação de desprazer foi crescendo, impedindo-me de pensar em outra coisa. Sempre ele, sempre ele. Um dia, peguei um machado e ataquei-o. Saltaram pedaços de vidro, de papel, de parede e de pó até nublar-me os olhos.
Foi então que enlouqueci. Não mais havia o retrato, mas ele estava lá, no mesmo lugar, coberto de sangue.
Não sei quem o colocou ali. O fato é que me dava arrepios. Na casa velha, já ninguém sabia o que era o quê, a quem pertencia, e desde quando. Tudo parecia eternizado. Não se trocava nada de lugar. E ele era o que mais me incomodava. Ficava me seguindo quando eu passava. Às vezes, até sentia seu hálito asqueroso. Bobagem, é claro.
A sensação de desprazer foi crescendo, impedindo-me de pensar em outra coisa. Sempre ele, sempre ele. Um dia, peguei um machado e ataquei-o. Saltaram pedaços de vidro, de papel, de parede e de pó até nublar-me os olhos.
Foi então que enlouqueci. Não mais havia o retrato, mas ele estava lá, no mesmo lugar, coberto de sangue.