Lambida

Um tanto quanto triste, dirigiu-se ao quintal. Os últimos afazeres da noite deveriam ser executados: alimentar os cachorros, fechar as portas de fora e ir, finalmente, para a cama depois de um dia extenuante e improfícuo.

Deteve-se um pouco para acariciar a cabecinha de um de seus cachorros que, a seu lado, dava mostras de carinho e afeição. Encontrou seus olhinhos fixos nos dela. Os dela, vermelhos por inúmeros motivos, os do animal, ternos, querendo modificar o estado de espírito de sua dona. Assim olharam-se por segundos... De repente uma lambida em seu nariz. um sorriso abriu-se rapidamente...