Fim

Como um balão que se vai esvaziando aos poucos, era assim que se sentia. Tudo havia sido tão bonito, tão brilhante, mas, pouco a pouco, aquele velho sentimento que a ilhara tantas vezes tornava a insinuar

crises perversas de insegurança permitindo que aflorasse a dor de ser sempre um prêmio de consolação, subjugando-a e prostrando-a de joelhos diante de si mesma.

Não caberia, aqui, perguntar o porquê de tal emoção. Era contundente demais, dolorida demais... Era, agora, a sombra de um quase fim que findara em si mesma.

Ele estava indo... Interessado em uma dançarina árabe. Ela o coração ferido, sangrando... A outra, o ventre, como numa relação quase perfeita de início e fim...