Quanto Custa Um Amigo?
Na medida em que elucidava os fatos, diante da
figura franzina do menino Silvia mal continha
as lágrimas.
Responsável pela mediação em um colégio público
recebeu naquela manhã a visita de duas mães alegando
que seus fillhos haviam ganho dinheiro dado por um colega de classe no dia anterior - quantia pouca algo em torno de 30 reais.
Desesperadas, ( e com razão) queriam saber quem
havia dado.
Identificado o "benfeitor"aluno Silvia agendou
a conversa.
Fora o histórico escolar revelando bom aluno,
( ingressara na quinta série vindo de outro colégio
no início do ano letivo), sabia apenas que garoto
de 11 anos vivia com a avó materna.
- Você deve saber por que foi chamado não é Vítor?
Professora Silvia, não sei – disse educadamente o
tímido menino.
Está bem!
Mas então, por favor, explique-me qual a razão
de você ter dado dinheiro para dois de seus colegas de classe?
- Professora não tem nada de errado.
Desde o início do ano junto o dinheiro ganho de minha
avó para a merenda.
Compreendo, mas qual a razão de dar dinheiro para
seus colegas de classe Vítor?
Para ter amigos!
Amigos?
Sim professora, sinto falta de amigos!
Está bem, mas onde entra o dinheiro nesta falta
Vítor?
Professora, eu perguntei para os meus colegas quem queria ser meu amigo, ninguém respondeu.
Dai, criei coragem conversei com a Rebeca que senta
do meu lado e o Thiago do meu grupo de trabalho e perguntei:
-Vocês aceitam este dinheiro para serem meus amigos?
Então eles aceitaram professora!
Agora tenho dois amigos!
O que fiz de errado?
Diante dos olhos solitários do menino, revelando
profunda carência afetiva Silvia limitou-se a devolver o dinheiro, orientando-o no sentido de que não fizesse mais aquilo, que amigo não se compra...
O sinal da última aula antecipou o fim da conversa.
- Desculpe professora, então fico sem amigos mesmo...
Em seguida, deixou a sala ( sozinho), apertando nas pequenas mãos o dinheiro recebido de volta...
Ana Stoppa
(baseado em fatos reais,apenas os nomes fictícios )
Na medida em que elucidava os fatos, diante da
figura franzina do menino Silvia mal continha
as lágrimas.
Responsável pela mediação em um colégio público
recebeu naquela manhã a visita de duas mães alegando
que seus fillhos haviam ganho dinheiro dado por um colega de classe no dia anterior - quantia pouca algo em torno de 30 reais.
Desesperadas, ( e com razão) queriam saber quem
havia dado.
Identificado o "benfeitor"aluno Silvia agendou
a conversa.
Fora o histórico escolar revelando bom aluno,
( ingressara na quinta série vindo de outro colégio
no início do ano letivo), sabia apenas que garoto
de 11 anos vivia com a avó materna.
- Você deve saber por que foi chamado não é Vítor?
Professora Silvia, não sei – disse educadamente o
tímido menino.
Está bem!
Mas então, por favor, explique-me qual a razão
de você ter dado dinheiro para dois de seus colegas de classe?
- Professora não tem nada de errado.
Desde o início do ano junto o dinheiro ganho de minha
avó para a merenda.
Compreendo, mas qual a razão de dar dinheiro para
seus colegas de classe Vítor?
Para ter amigos!
Amigos?
Sim professora, sinto falta de amigos!
Está bem, mas onde entra o dinheiro nesta falta
Vítor?
Professora, eu perguntei para os meus colegas quem queria ser meu amigo, ninguém respondeu.
Dai, criei coragem conversei com a Rebeca que senta
do meu lado e o Thiago do meu grupo de trabalho e perguntei:
-Vocês aceitam este dinheiro para serem meus amigos?
Então eles aceitaram professora!
Agora tenho dois amigos!
O que fiz de errado?
Diante dos olhos solitários do menino, revelando
profunda carência afetiva Silvia limitou-se a devolver o dinheiro, orientando-o no sentido de que não fizesse mais aquilo, que amigo não se compra...
O sinal da última aula antecipou o fim da conversa.
- Desculpe professora, então fico sem amigos mesmo...
Em seguida, deixou a sala ( sozinho), apertando nas pequenas mãos o dinheiro recebido de volta...
Ana Stoppa
(baseado em fatos reais,apenas os nomes fictícios )