Bal Masqué

Ela preparava-se para sair. Sair , definitivamente.

Deixara uma carta endereçada a ele.

Leu-a ainda mais uma vez:

"Tentas me dominar com teu silêncio, com teu claustro. Não percebes que não o conseguirá mais, nunca mais? Tens-me como companheira cansada de uma jornada insólita. Tens-me como propriedade, mas não me tens como ser. Na verdade, não me tens. Teus esforços serão inúteis. Inúteis, também, serão meus sorrisos mascarando a dor que ora sinto. Vivemos um bal masqué."

Depositou novamente a carta sobre a mesa e saiu.