Empada

Pois é... Lá estava ela novamente. Sentara-se à mesa e, como sempre, pedira ao garçom uma empada. A mesma empada de palmito que fora seu almoço em tantas outras ocasiões. A empada veio. Olhou para ela sem vontade, seu aspecto não era mau, pelo contrário, parecia bem feita e saborosa, mas trouxera-lhe, de súbito, recordações nada prazerosas. Tomou um gole do refrigerante zero que também pedira. Levantou-se, dirigiu-se ao caixa, pagou e saiu. Deixou a empada intacta em cima da mesa. Seu recheio se fora.