O SERESTEIRO DA MANHÃ

Amanhecia sob uma chuva torrencial.

Neblina bem baixa, riscos de fogo no céu, ventania, o envergar das árvores sob o esbravejar dos trovões, depois só silêncio...

Nada parecia ter o poder de reverter o cinza daquele tão pesado temporal, quando ele, de súbito, molhado e assustado anunciou seu canto rouco e trêmulo.

Então, ela se debruçou na janela...a lhe procurar pelos galhos quebrados.

Era o sabiá cantador, o mesmo de todos os tempos.