Nosso amor é passado
Munhoz-MG., texto elaborado aos 10 de outubro de 2012
Noite morna e calma, os coqueiros balançam sorrateiramente, ela sentada à beira da praia, aprecia as ondas que partem receosas e se dasabam na areia, o vento suave sopra-lhe o rosto, tudo em sublime harmonia com a natureza.
Seus pensamentos irrequietos, encontram-se em total desarmonia, respiração em desordem, relembrando os mesmos sonhos, aqueles escondidos pelo tempo, um tempo inocente, doces reminiscências, uma época que se foi ,anseios e esperanças a invadem.
Eis que ouve uma voz densa, o coração bate descompassado, recusa-se a crer naquela presença repentina, não consegue sequer balbucear qualquer palavra, ou ter qualquer atitude,apenas em vê-lo, sem tocá-lo, sente-se acariciada e com a voz embargada indaga:
Se o acaso , o trouxe ali, ele sem responder, toca-lhe os cabelos esvoaçados pelo vento e carinhosamente a beija, ela sorve o beijo e após meio sem jeito, apenas diz: - perdoa-me não podemos agir assim, lembra-te que em casa há alguém a tua aspera, nosso amor é passado.