As pouquíssimas palavras que tingiam as linhas incertas de um rascunho manuscrito, tão sofrido quando o rosto do poeta que o rabiscava, mas se faziam necessárias para tentar expressar o que sua alma insone sentia, numa forma de gritar sentimentos.
Seus dedos escorriam sôfregos destilando as palavras que urgia do coração.
Seus olhos marejados estavam tão cinza quanto o dia à sua janela.
As gotas da chuva escorriam num som melancólico trazendo a tona os momentos que finais de uma despedida.
Sem muito dizer ela se foi com o coração imune as lagrimas que pediam para ela ficar.
Ele agora com o coração endurecido pelas noites em claro que somente o quarto, seu amigo fiel absorvia o breu que emanava de sua sombria alma.
As letras iam minando como gotas que brotam de estalactites molhando o papel formando um mosaico de saudade, amor e dor.
Os lábios secos balbuciavam palavras amargas que foram proferidas no instante do adeus...