I
A noite chegou.
Com ela a lua magnífica, gigante e linda, ilumina o céu tão imenso.
A moça na janela admira a lua.
Sorri ao lembrar dos tempos de criança.
Ela acreditava que ali tudo era queijo e que era habitada por São Jorge.
Olha para aquela estrela mais brilhante.
Vê a estrela cadente que risca o céu.
Faz um pedido.
O coração fica apertado.
Ela se lembra que o seu pedido nunca será atendido.
Aquele que ela amava está voando pelo céu a procura de uma estrela para repousar e passar a noite.
E foi assim, exatamente assim, que terminou mais um dia de saudade.
Lágrimas caindo como estrelas cadentes, no negro dos olhos da moça da janela.

II


Mas a moça na janela
Que com certeza deve ser bela
Sabe que na lua não tem santo
Nem lagartixa nem dragão
E que a estrela que cai é mais uma lágrima
Que vai inundar um coração
E só quem voa pelo céu
É passarinho ou anjo
Que com certeza vai ter insonia
Se pintar a solidão!


Antonio Carlos de Paula

Agradeço ao poeta AC de Paula pela interação tão pertinente ao meu texto.
Obrigada meu querido amigo...



 
PoderRosa e Antonio Carlos de Paula
Enviado por PoderRosa em 29/08/2012
Reeditado em 09/09/2012
Código do texto: T3855548
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.