ADEUS RECANTO DAS LETRAS
 
Foi bom enquanto durou. Alguns anos escrevi, li e fui lido aqui, até confirmar o que já sabia: tudo tem um fim.
     Terei dito tudo que queria dizer? Não sei. Mas sei que a criatividade, um dia nos abandona. Talvez por isso inúmeros escritores e escritoras estejam em outra órbita. Outras e outros nos sucederão. Ainda bem, pois a arte não pode parar, assim, como diz a canção, o tempo não para.
     Mas, deixar o lugar que nos acolheu, o lugar onde semeamos a boa semente e colhemos os bons frutos das amizades, dá um aperto no peito, nó na garganta, como um gosto amargo de fim de festa. Porém as boas lembranças ficarão.
     Chegará o dia da despedida, o dia em que direi adeus ao Recanto, como meus pais me disseram adeus. Ainda me lembro o dia em que disse adeus a vários amigos e amigas; ao meu torrão natal; à minha escola agrícola em Colatina. O adeus à Terezinha, Maria José, Marquinhos, Edmundo, Reginaldo, Arlete...
     Chegará o dia de dar adeus ao Recanto, estou certo disso, mas por enquanto fica adiado, pois ainda tenho muito a dizer, como por exemplo, meu romance A Construção da Estrada de Ferro está praticamente finalizado. Ufa!
 
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