O TEMPO MATOU O AMOR
Conheceram-se num esplendoroso domingo de sol. O amor nasceu em meio à correria de crianças, sob o cantar dos pássaros naquele parque arborizado e florido. Domingo de amor.
Amor que perdurou pelas noites de lua, ou sem lua, mas de céu estrelado. Firmamento infinito, o amor parecia infinito.
Mas não era. Aos poucos o amor foi revelando suas fraquezas. O tempo ia passando, o tempo mudava, os ares mudavam. De noite não havia lua nem estrelas, porque de dia o céu se enchia de nuvens.
Dias sem sol, chuva iminente, tempo frio e chuvoso.
O amor se acabava, a paixão havia acabado, acabou a ilusão.
Despediram-se num dia de chuva, dia feio e sem graça, que nada prometia para o dia seguinte.
Foi um adeus frio, para nunca mais.
Nota: A palavra TEMPO, no título, tem, propositalmente, um sentido dúbio. Pode significar o tempo decorrido, ou as condições atmosféricas.