O TEMPO MATOU O AMOR

Conheceram-se num esplendoroso domingo de sol. O amor nasceu em meio à correria de crianças, sob o cantar dos pássaros naquele parque arborizado e florido. Domingo de amor.

Amor que perdurou pelas noites de lua, ou sem lua, mas de céu estrelado. Firmamento infinito, o amor parecia infinito.

Mas não era. Aos poucos o amor foi revelando suas fraquezas. O tempo ia passando, o tempo mudava, os ares mudavam. De noite não havia lua nem estrelas, porque de dia o céu se enchia de nuvens.

Dias sem sol, chuva iminente, tempo frio e chuvoso.

O amor se acabava, a paixão havia acabado, acabou a ilusão.

Despediram-se num dia de chuva, dia feio e sem graça, que nada prometia para o dia seguinte.

Foi um adeus frio, para nunca mais.

Nota: A palavra TEMPO, no título, tem, propositalmente, um sentido dúbio. Pode significar o tempo decorrido, ou as condições atmosféricas.

Egon Werner
Enviado por Egon Werner em 25/07/2012
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