O DIÁRIO
Todo final de tarde o portão enferrujado rangia para lhe dar passagem. Banho rápido. Sopa no jantar. Hora do noticiário. Ao lado da poltrona de tecido puído, uma pilha de cadernos. Páginas e mais páginas preenchidas pela mesmice de seus dias. Naquela noite, ao abrir o diário, um ligeiro tremor percorreu seus dedos enquanto deslizava a caneta sobre o papel. Escreveu apenas uma frase: "Hoje foi diferente".
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
http://www.dolcevita.prosaeverso.net