"DURMA BEM, AMOR..."

Já na cama, ela viu Jean Claude entrar no quarto. Trazia numa bandeja de prata o remédio das dez. Olhou o marido, atencioso, amoroso como sempre, e experimentou um leve remorso: nem de longe ele imaginava o caso que ela mantinha com o balconista que o ajudava na farmácia. Engoliu a cápsula, sorveu lentamente a água da taça e sorriu. O marido ajeitou-lhe os travesseiros e sussurrou “Durma bem, amor...”. Nem de longe ela imaginava que a cápsula daquela noite, continha arsênico...