ODE A UMA CADEIRA VELHA ABANDONADA NAS DUNAS
Nem as brumas do horizonte produziram na memória da velha cadeira um impedimento às lembranças: De longe, contempla ainda a imagem de belas mulheres, cujos corpos expostos ao sol de um passado ainda recente desprendiam levíssimos odores da proteção contra excessos que pudessem torná-las indesejáveis aos olhos e às mentes da multidão de admiradores que desfilavam sem perceber que ela, a cadeira, em breve assumiria a importância de sustentá-las e suportar a água salgada e areia que um dia a transformaria num objeto feio e indesejado, que seria abandonado sobre alguma duna que a vira ser transportada por mãos tão delicadas quanto imprevidentes.
Nem as brumas do horizonte produziram na memória da velha cadeira um impedimento às lembranças: De longe, contempla ainda a imagem de belas mulheres, cujos corpos expostos ao sol de um passado ainda recente desprendiam levíssimos odores da proteção contra excessos que pudessem torná-las indesejáveis aos olhos e às mentes da multidão de admiradores que desfilavam sem perceber que ela, a cadeira, em breve assumiria a importância de sustentá-las e suportar a água salgada e areia que um dia a transformaria num objeto feio e indesejado, que seria abandonado sobre alguma duna que a vira ser transportada por mãos tão delicadas quanto imprevidentes.