ACERTO DE CONTAS
Ela realmente precisava dizer adeus, sentia que já tinha sofrido demais, ouvido demais... chovia fraco, segurou o revólver gelado entre os dedos, apontou a arma para a cabeça e ainda com lágrimas nos olhos fez o disparo... ela estava molhada e com frio, viu o sangue, diluído pela água da chuva, escoar pelo bueiro. O beco estava deserto, ficou lá até a vida deixar seus olhos, depois, abandonou o corpo e foi pra casa tomar uma xícara de chá quente... guardando consigo a certeza de que ele nunca mais vai enganar ninguém.