CHÁ DE CANELA

Alfred sorveu um gole do chá fumegante, fechou os olhos e baixinho murmurou: “Lisa, Lisa, ninguém faz chá como você!”. Ela sorriu levemente “Acha mesmo?”. Ele assentiu e devolveu o sorriso “Hum... Hoje é de canela... Você sempre me surpreende, minha querida.” Lisa se encolheu no sofá, endereçando ao retrato de Louis, sobre a mesinha, um enigmático olhar: “De canela...”. O chá não era de canela, mas Alfred jamais saberia. Nem ele, nem ninguém: além de amigo do casal e amante de Lisa, Louis era também o médico da família...