Um Fake Cor de Rosa

Antes não tivesse embolsado os elogios de criança. Deu de fincar plantão em academia, visualizando a alma deslizar por entre os poros, salobre como a própria pretensão. Roupas, unhas e salões, o cabelo que escondia a face em joias e a certeza do cifrão obtuso, desonesto, matrimonialmente infeliz, torto, acumulado de rosa na mobília cheirando a dor. Ocultava-se no traje caro, via a vida se movendo pela pista da usura e no volante se desesperava a caminho do analista.

Giu Santos
Enviado por Giu Santos em 04/05/2012
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