DE PLANOS E DESENGANOS
— Alô...
— Pai! Sou eu!
— Ô, filhão! Que bom! Cê tá chegando, aposto...
— Pois é, pai... Não vai dar pra eu ir, sabe?
— Como não, Marquinho? A gente nunca passou a Páscoa longe...
— É... Mas eu tô indo pra China no fim de semana, negócios, pai...
— Pra China? Ô meu filho, não podia ter deixado pra depois?
— Tinha jeito, não, pai. Negócio de milhões...
— Puxa, a gente pensou que cê vinha. Faz quase um ano que...
— É, mas não vai dar mesmo, velho...
— Tá bom, quem sabe no Natal...
Marquinhos chegou no dia seguinte... Num belo esquife, de terno preto e com uma bala na cabeça.