CHARUTO CUBANO
Enquanto corria pelo aeroporto, apoiou a mala no chão e com a mão esquerda acariciou sua grisalha barba em volta do queixo. Antes de entrar pela porta de embarque e seguir rumo a solo norte-americano, aproveitou para acender o ultimo charuto cubano.
Comprou o melhor dos puros para degustá-lo sem culpa e sem pressa, congelando a vida num sublime momento entre a revolução e a opressão.
Mas se Raúl estava se esforçando para aprender a orar com o Sumo Pontífice, quem sabe daqui a poucos anos, para as próximas viagens, ele poderia levar tranquilamente seu charuto na bagagem.