A LOJA DA ESQUINA

O imenso vazio. Onde o passado descansa em paz. Os dias sepultados. As águas mansas do cemitério de navios que encobrem seus corais anônimos. Doce na bruma matinal; prelúdios do novo dia. Cheiro de café na estação. O murmuro das vozes nas plataformas. Comentários que antecedem a canção. E o vapor. O apito. O café. O motor. O sonho. O rompante da velha estrela no maciço de nuvens e expira o ar quente dos pulmões no frio da manhã. Um lamento divino. De malas prontas. De camas desarrumadas. Das horas vagas. Dias tensos. Céus da noite parda. Manhã cinza.

Jack Danger
Enviado por Jack Danger em 12/03/2012
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