MIRAGEM

O coração era um deserto sem fim; sentimentos nômades migravam de ansiedades a desesperanças. A consciência vacilante fez-lhe imaginar-se em aragem à sombra aprazível, sob a qual, estendido numa rede, deixava-se embalar ao cadenciar de delírios. Logo, porém, recobrada a noção e os sentidos, percebeu-se ressurreto de mais uma de suas tempestades de ilusão. O coração confundido segue árido como antes, um imenso deserto.

Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 07/02/2012
Reeditado em 10/03/2012
Código do texto: T3485853
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.