VIDA DE BAILARINA
Fazia curvas no palco, saltitava na ponta dos pés, abria os braços, agitava-se, ficava calma, tensa, zangada, triste, às vezes pequena menina, outras, mulher assassina, revelava-se nos mais distintos papéis. Enquanto a plateia aplaudia, ela trocava de roupa/fantasia e encarnava outro personagem.
Estava tão adaptada a dança da vida, que não sabia mais bailar fora da realidade existencial.