O SORRISO DA MORTE

Sem qualquer expressão no rosto, apenas deixando reinar a firme decisão tomada, pulei do alto penhasco de braços abertos como se também voasse como os pássaros. Olhei para o chão lá distante e vi a morte rindo maliciosa para mim, como se à minha espera. As árvores e as pedras que acompanhavam meu salto inesperado testemunhavam tudo. Então puxei a cordinha e abri o pára-quedas levando um repentino puxão para o alto, e flutuei mansamente sobre o espaço seguro pela aerodinâmica dessa engenhosa invenção humana que tanto tem contribuído para salvar vidas, o pára-quedas. Olhei novamente para baixo e a morte já não estava mais lá. Desci suavemente e pousei sobre grama verde, galhos quebrados e folhas murchas.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 13/11/2011
Reeditado em 04/07/2018
Código do texto: T3333272
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