TRISTE HISTÓRIA DE CAIO
Meu nome é Caio tenho cinco anos de idade (teria se estivesse vivo).
Quando era vivo passei muita fome, sede e dor, eu tinha um tumor no cérebro minha mãe era doente e não podia trabalhar, ficava em casa cuidando de mim e dos meus outros irmãos.
Meu pai era pedreiro a gente morava em uma casa bem humilde não tinha muito que comer, a gente vasculhava os lixos pra achar algo que nos mate a fome.
Minha mãe sabia da minha doença, sabia que eu iria morrer e por esse motivo eu era o mais mimado entre os outros irmãos. Sempre eu tinha prioridade em me alimentar, pois era muito fraco, desidratado e logo iria morrer.
No dia da minha morte passei muito mal, acordei com muita dor de cabeça e vomitando, minha mãe me levou ao posto de saúde, mas eles disseram que não tinha vaga!
Como nós não tínhamos dinheiro pra ir pra outra cidade, minha mãe cuidou de mim em casa, ela e meu pai choravam e eu sem entender nada do que estava acontecendo disse minha ultima palavra; Mamãe, Papai e “tatos” aconteçam o que acontecer eu vou sempre proteger vocês, onde quer que eu esteja vou olhar e guiar vocês pro caminho certo.
Logo após dizer isto eu faleci minha mãe inconsolável entrou em depressão, não queria mais viver na fome, naquela miséria e sem um dos seus filhos por perto.
Meus outros irmãos choravam e sentia muito a minha ausência, não tinha mais porque continuar naquela pobreza.
Um dia ao ver minha mãe muito triste, eu resolvi ter uma conversa com ela, ela dormiu e sonhou com tudo o que eu queria dizer a ela naquele momento.
A partir desse dia ela resolveu que iria lutar ao menos pra dar uma vida digna aos meus outros irmãos, começou a trabalhar e hoje eles vivem uma vida muito boa comparada com a que eu vivi. Fico feliz por isso porque sei que meus irmãos não morrerão do jeito que eu morri.
- Dê valor a sua vida, a sua família e até no alimento que você come. Pois a ausência deles dói muito. Caio Rafael de Oliveira, 05 anos.