Escadas...

Os degraus da escada que levavam ao sótão estavam acostumados com seus passos. Presença constante que se percebia na madeira gasta...

Sempre que subia a escada, parava no sétimo degrau e arrumava a moldura de um dos quadros que insistia em ficar torto. Olhava à pintura, uma cópia bem preservada do “Filósofo Meditando” de Rembrandt. Por alguns minutos imaginava como seria fazer parte da cena, sentir a pouca claridade da janela, o calor da lareira e talvez, subir a misteriosa escada espiral...

- Rembrandt "Philosopher in meditation" (1632).