TERRA À VISTA
- Terra à vista”, gritava o marujo.
Estava ele agarrado ao mastro central da escuna quando viu ao longe algo. Logo avisou que estava visualizando terra. Os outros que se encontravam no convés ficaram boquiabertos e, curiosos murmuravam:
- Que terras seriam estas?
Sorriam de felicidade e não conseguiam esconder a curiosidade em logo aportar para descobrir e conhecer o continente avistado. Encontravam-se ainda distantes. Mas no raiar do dia estariam em terra firme e aí poderiam sanar suas curiosidades.
Este foi o início da história de nossa civilização. Lembro quantas vezes estudei este tema e me encantava com estes textos. Ainda fico maravilhada ao lê-los.
Parece incrível o malabarismo e habilidade das pessoas. Não consigo imaginar como uma pessoa agarrada a um mastro de uma escuna, sem demonstrar qualquer sensação de desconforto e que possivelmente estariam navegando em águas revoltas, conseguiu ver tão longe e aos brados avisar seus companheiros de viagem que ao longe avistou uma nesga de terra.
Escalar um mastro é um ato de coragem. Um desafio. Penso que aquele homem do mar não tinha receio em cair e muito menos medo que uma rajada de vento mais forte o derrubasse. Esta era uma de suas tarefas, escalar mastros.
Este foi um desafio dos desbravadores de ontem e que com certeza ficará aos “descobridores” de hoje o exemplo a ser seguido, como a busca e criação de novas propostas que venham como um fogo ardente que deverá se alastrar para limpar, renovar e que com certeza incentivará e fortalecerá a descoberta de novos horizontes.