BOING 747

Chegou o grande dia. Dia de “zarpar”, viajar, conhecer e buscar novos horizontes.

Luna sentia-se ansiosa, pois faria sua primeira viagem de avião sozinha. Esmerara-se no vestir. Mala arrumada, passagem na mão, ida para o aeroporto, despedidas. Estava eufórica, pois iria fazer o curso tão almejado no exterior.

No aeroporto, enquanto aguardava a hora, notou ao longe um vulto, tipo interessante, que chamou sua atenção. Mas como encontrava-se junto à “comitiva familiar” que foi acompanhá-la para o embarque, esqueceu-se do dito cujo interessante por completo.

Chegada a hora, depois dos vários beijos de despedida, Luna dirigiu-se à sala de embarque e após os tramites necessários, notou que aquele tipo interessante estava tranquilamente sentado na sala de espera. Ficou a imaginar para onde ele iria, pois o mesmo espaço destinava-se a mais de um voo.

Não demorou muito e foi solicitado aos passageiros que se dirigissem ao portão indicado para o embarque. Luna devido à sua euforia, logo dispôs-se a ir. Acomodou-se na poltrona e qual não foi sua surpresa em ver que o moço adentrou na aeronave e iniciou a caminhar pelo corredor até encontrar o assento por ele escolhido, que coincidentemente era ao lado dela. Luna não se conteve e fez-se toda em sorrisos de satisfação.

- Oi, meu nome é Luna e o seu?

- Mário, respondeu,

- Prazer em conhecê-la, disse ele, perguntando em seguida:

- A senhora vai para Buenos Aires? perguntou ele.

- Sim, mas podes me chamar pelo meu nome, disse-lhe ela, podemos deixar as formalidades de lado, não achas?

- Ok, respondeu ele.

Sem muitas delongas, iniciou-se uma interessante conversa entre ambos, até que em dado momento, ela notou que na mão esquerda dele, reluzia em amarelo dourado uma singela aliança.

Mário notou o sobressalto de Luna e perguntou:

- Achas que um simples aro dourado pode interferir em uma estória a ser vivida?