Dorcelina, mulher do campo, levava sua filha de oito anos na garupa do seu cavalo, além de uma lavadeira de comida na cabeça do arreio. Era o almoço para os peões que faziam uma cerca de arame farpado, longe de sua casa. Quando cutucou as esporas, o cavalo disparou numa velocidade incrível. Dorcelina, lembrou-se de que logo adiante havia uma galha de pau debruçada sobre o caminho e lá, a menina cairia . Então gritava: __Cai, Aparecida! Cai, Aparecida. Aparecida não caia. Bruscamente a mãe desgruda os braços da filha de sua cintura que estava agarrada como um carrapato e empurrou-a para o lado. A menina caiu em cima de um tufo de capim.
Águeda Mendes da Silva