CANTO PERDIDO
Houve dias em que se abria a janela sonolenta. Nem tinha vontade de sonhar.
Descobriu no passado remoto uma fotografia antiga dos tempos da vovó.
Viu-se nela, e descobriu nos olhos um tesouro.
Uma frase no verso: “Cante a canção de amar, não deixe o canto perdido.
Na memória se guarda fatos, e fotos dos idos em que um dia de sol
é tudo na vida, pois curta é a travessia nesse mundo. E dela tiremos proveito a todo instante.”
Abriu a janela toda, respirou fundo. Tomou um banho, vestiu-se e foi viver a vida que nunca havia vivido. Hoje, tem memórias, histórias e fatos, com fotos em toda a casa.
Cantando a todo instante o canto que nunca mais se perdeu.
Silvya Regyn@
01/08/2011