Vivo-Morto



      Nunca sabia de nada, "Não sei, não vi, não quero saber", era a frase que gostava de repetir com dicção perfeita e forte entonação. Esquiva-se sempre de qualquer responsabilidade; como um autômato, repetia tarefas; indiferente, nada o sensibilizava. Um dia, como num milagre, refletiu sobre o porquê da pergunta que lhe dirigiram: "Você vive ou vegeta?". Ah, mas isso foi só naquele dia, o milagre não se repetiu.
















Maria Inez Flores Pedroso
Enviado por Maria Inez Flores Pedroso em 24/07/2011
Reeditado em 05/08/2011
Código do texto: T3115206
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.