Esboço de dois amores.
Tenso, dirige-se à janela e e olha as pessoas caminhando na rua.
Parecem formigas, pensa ele. Para onde irão?
Precisa descansar, sair um pouco, buscar nas ruas e becos o que restou de si.
O pouco que não foi absorvido por ela.
Sai batendo a porta.
Ela fica gritando. Grita até ficar sem voz.
Chora o que ele leva consigo cada vez que bate a porta e sai sem explicações.
Parte dela fica, parte vai atrás, sem rumo nem juízo.
Só no apartamento que ela chama lar, tenta reter a esperança.
A esperança é o que resta do que ele chama amor.