Noiva Fugitiva
O ano era de 1920. Clarice estava de casamento marcado com Artur, 15 anos mais velho que ela. A união foi arranjada por seus pais, pois estavam prestes a falir. A única coisa estranha; clarice nunca tinha visto o noivo até então. No dia do casório, ela estava lindamente vestida e arrumada. A igreja cheia de convidados a espera da noiva. Ela entrou, com medo e receosa. Chegou frente ao noivo -Meu Deus, foi o homem mais feio que tinha visto na vida!.-Como seus pais podiam ter feito aquilo com ela? Foi dominada pelo ódio.
O padre perguntou a Artur -Aceita Clarice como legítima esposa?
Ele sorriu amarelo. Os dentes podres e o mau hálito insuportável que quase fez com que sua noiva desmaiasse. Finalmente respondeu -Sim.
O padre olhou para ela com uma expressão de compaixão e fez a mesma pergunta -Clarice, aceita Artur como seu legítimo esposo?
Ela não respondeu. O padre perguntou duas vezes. A igreja agitou-se. Ela olhou para o noivo, para o padre e para a virgem Maria. Fez o sinal da cruz e saiu correndo da igreja. A hora que colocou os pés para fora viu passar a caravana do circo. Pegou carona e tornou-se palhaça de circo. Todos ficaram chocados com a história, mas perguntaram a ela porque abandonar o noivo rico e fugir para se tornar palhaça? Ela respondeu -Meus pais divertiam-se com a minha vida. No circo eu só faço palhaçadas de mentiras, pois é meu trabalho. Aquele casamento sim, que seria uma verdadeira palhaçada na vida real.