ELA

Quando a viu do outro lado da rua pensou em tardes de primavera.

Eram carícias naqueles cabelos macios com cheiro a bálsamo de mel.

Era uma pele suave, com o aroma e o frescor das flores silvestres. Assim como ela, indomável, correndo naqueles campos de trigo.

Desejou daqueles olhos as juras da paixão eterna.

Que aquele ventre fosse o ninho da perpetuação de seu sangue.

Era a mulher de sua vida.

O semáforo ficou verde.

Ela atravessou a rua.

Ele pensou: “Preciso conhecê-la! Qual será o nome dela?”

Millarray
Enviado por Millarray em 02/06/2011
Reeditado em 02/06/2011
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