ELA
Quando a viu do outro lado da rua pensou em tardes de primavera.
Eram carícias naqueles cabelos macios com cheiro a bálsamo de mel.
Era uma pele suave, com o aroma e o frescor das flores silvestres. Assim como ela, indomável, correndo naqueles campos de trigo.
Desejou daqueles olhos as juras da paixão eterna.
Que aquele ventre fosse o ninho da perpetuação de seu sangue.
Era a mulher de sua vida.
O semáforo ficou verde.
Ela atravessou a rua.
Ele pensou: “Preciso conhecê-la! Qual será o nome dela?”