A SILENCIOSA VISITA
A visita, numa matinal domingueira, deveria ser muito bem-vinda. Há muito não via os parentes. Este seria um dia inesquecível. Não levaria presentes, mas apenas um buquê de flores naturais, seria o suficiente para agradar a todos. Já sabia que todos estariam presentes, desde os avós, tios, irmãos, pais, primos, etc. Seria uma reunião de família. Não demoraria muito, mas o suficiente para relembrar passagens importantes na vida de cada um, rememorando os momentos alegres, a felicidade do passado.
Pela vidraça da grade frontal, vislumbrou os quadros com as antigas fotografias, algumas já manchadas pelo tempo. Abriu a porta devagar, como se estivesse com cuidado para não incomodar ninguém. A calma prevalecia no ambiente silencioso. Nas proximidades, viam-se algumas pessoas que passavam ao largo, sem causar incômodos.
Por um instante sentiu-se só. Sem dizer palavras, agradeceu a Deus pelo momento sublime!
Colocou as flores no jarro, orou em silêncio, fechou a porta do jazigo e saiu.