Reconciliação tardia
Véspera de réveillon. Parecia que não ia chegar nunca, depois daqueles desentendimentos de antes do Natal. Enfim – ela pensa – tudo não passava de bobagens. Discutimos por coisinhas bobas. Estou-me privando à toa de desfrutar da presença do homem de quem mais gosto. Do único que verdadeiramente me completa. Daquele a quem mais amei até hoje. Sou uma idiota. Amanhã mesmo vou procurá-lo. Aliás – disse ainda de si para si – amanhã completará uma semana que não nos vemos, nem nos falamos.
No dia seguinte, logo no início do expediente, ansiosa pela reconciliação, telefona para o escritório:
- Olá! Aqui é a Marina; você pode me ligar com o Murilo?
- Ah! Dona Marina, então a senhora não soube...