A tia
Emília passara a tarde toda um pouco amuada com uma ligeira enxaqueca. Achou que poderia ser o começo de uma gripe. Indisposta, deitou-se. Adormeceu. Sonhou. Estava na biblioteca da cidade, pesquisando para sua monografia acerca de Monteiro Lobato. Só da chamada obra de ‘vocação adulta’: Urupês, Cidades Mortas, Negrinha...
Passava do meio dia quando saiu para comer alguma coisa. Já na calçada, em pé, teve um estremecimento quando o menino puxou sua mão e lhe pediu: - Moça, ajuda a tia Anastácia a atravessar a rua? Ela é cega...