AMAR (microconto)

Todo dia escrevia um poema. Verso delicado, rima pobre, colocava sobre a mesa dela. Fim do dia, via o papel rasgado, versos decepados, no cesto de lixo.

Até que um dia, final de expediente, viu que o poema não tinha sido rasgado, nem descartado em cesto. Ao se aproximar dela, não precisou de palavra, pegou em sua mão e nunca mais soltou.